A Black Friday de 2023, evento tradicional de vendas originário dos Estados Unidos e caracterizado por significativos descontos no comércio, apresentou um desempenho decepcionante no Brasil. Conhecida por ocorrer após o feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA, a data promocional não atingiu as expectativas de vendas este ano.

Segundo um levantamento realizado pela consultoria Confi.Neotrust em parceria com a ClearSale, houve uma queda de 15% no faturamento do e-commerce no país entre as 0h e 23h59 da última sexta-feira, 24, em comparação com a edição anterior, em 2022. O ano passado já havia registrado uma redução de 35% nas vendas. Estima-se que, neste ano, o varejo online tenha alcançado um faturamento de 3,4 bilhões de reais, com um gasto médio individual de 675 reais.

Na quinta-feira, 23, um dia antes do evento principal e conhecido como o "esquenta" da Black Friday, as vendas totalizaram 1 bilhão de reais, representando uma queda de 8% em relação ao ano anterior.

Eletrodomésticos lideraram o volume de transações, correspondendo a 18% do total na data. A queda no faturamento do varejo na Black Friday é atribuída às altas taxas de juros da economia brasileira e ao endividamento das famílias. Grandes varejistas do país, como Americanas — que está em processo de recuperação judicial — e o Grupo Casas Bahia, têm reportado prejuízos em seus balanços trimestrais, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo setor.