Escândalo em Balneário Camboriú: pastores anunciam desligamento da Bola de Neve

As denúncias de desvio de recursos vêm ganhando repercussão

Escândalo em Balneário Camboriú: pastores anunciam desligamento da Bola de Neve

Divulgação

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Em meio a um turbilhão de acusações, o pastor Natanael Nunes, líder da igreja Bola de Neve em Balneário Camboriú, anunciou na quarta-feira (12) que está se desligando da congregação. As denúncias de desvio de recursos vêm ganhando repercussão, principalmente pelo fato de Peeter Lee Grando, pastor-auxiliar da Bola de Neve, ser pré-candidato a prefeito pelo grupo governista da cidade.

Em um comunicado emocionado, o pastor Natanael expressou seu pesar e gratidão pelos anos dedicados à igreja. "Há 20 anos, dissemos sim ao chamado que o Senhor tinha para nossa vida. Nessa caminhada, criamos e vivemos muitas histórias maravilhosas e fizemos amizades eternas. Cuidamos da Igreja do Senhor com muito amor, zelo e dedicação. Com os corações completamente dilacerados, hoje comunicamos nosso desligamento do Ministério Bola de Neve. Pedimos que respeitem nosso momento de dor e cremos que o Senhor é nossa força e com Ele vamos reconstruir nossa história", disse Natanael.

Em outro desdobramento do escândalo 'Bola de Neve', a pastora Denise Seixas conseguiu uma medida protetiva de urgência contra seu marido, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, fundador e líder da Igreja Bola de Neve. A advogada de Denise, Gabriela Manssur, confirmou a medida e revelou que Denise estava sofrendo violência psicológica severa. Rina, por sua vez, afirmou que não foi notificado da medida e que está tentando restaurar o casamento.

Segundo Gabriela, a violência psicológica sofrida por Denise estava trazendo grande abalo à sua saúde física e psíquica. "Ela está muito, muito abalada. A violência psicológica está trazendo um sofrimento muito grande", declarou a advogada.

As denúncias contra Rina vieram à tona após Nathan Gouvea, filho de um relacionamento anterior de Denise, vazar um vídeo com trechos de uma discussão entre o casal. Nathan afirmou que sempre houve uma cultura de medo em casa, com ele e sua mãe sendo tratados como serviçais. Ele também alegou que Rina planejava internar Denise em uma clínica psiquiátrica, uma acusação que Rina negou categoricamente.

Após a repercussão das brigas entre o casal, Rina subiu ao púlpito da sede da igreja em São Paulo e anunciou seu afastamento das funções. No entanto, pouco tempo depois, ele retomou suas atividades. No culto de domingo (2), Rina comunicou um novo afastamento, deixando a igreja aos cuidados do pastor Felipe Parente e sua equipe. Rina afirmou que Denise estava tendo crises de ansiedade e síndrome do pânico, colocando a culpa na esposa.

Mariana, gestora da ONG Casa das Anas de Balneário Camboriú, que acolhe mulheres vítimas de abuso e violência doméstica e recebe milhões de reais de prefeituras catarinenses, também relatou pressões para não se desligar da igreja Bola de Neve. "Se eu me desligasse da igreja, diziam que a ONG seria fechada. Eu fiz parte desse Ministério por 12 anos e agora, com os escândalos, ninguém me procurou. Nenhum pastor defendeu nosso trabalho", desabafou.