Mãe faz curso de mergulho para buscar filho que sumiu há 2 anos após queda de avião

“Deixei tudo de lado e me concentrei nas buscas”

Mãe faz curso de mergulho para buscar filho que sumiu há 2 anos após queda de avião

Divulgação / Redes sociais

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Era a noite de 24 de novembro de 2021 quando Ana Regina Agostinho recebeu a notícia devastadora: o bimotor em que seu filho, José Porfírio de Brito Júnior, atuava como copiloto, havia caído no mar de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. O acidente, ocorrido após a decolagem do Aeroporto de Amarais, em Campinas, rumo ao Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, resultou na perda de José e mais duas pessoas a bordo.

Dois anos após a tragédia, Ana Regina ainda busca respostas. O corpo de José, assim como o avião, permanecem desaparecidos, apesar da recuperação de partes da aeronave pelo mar. Apenas o corpo do piloto, Gustavo Carneiro, foi encontrado, deixando José e o tripulante Sérgio Alves Dias Filho ainda desaparecidos.

Com sua vida transformada pelo acidente, Ana Regina dedicou-se à busca incessante pelo filho. “Deixei tudo de lado e me concentrei nas buscas”, disse ela. Sua determinação a levou a financiar buscas no mar, contando com o apoio de uma rede de apoiadores que auxiliaram financeiramente. “Fizemos tudo por nossa conta”, relata.

A luta de Ana Regina a levou a tomar uma decisão extraordinária: aprender a mergulhar. Com patrocínio, ela começou um curso de mergulho, visando explorar o local onde foram encontrados os maiores destroços do avião. “Vou mergulhar com uma equipe para rastrear no fundo do mar”, afirmou.

O apoio recebido nas redes sociais tem sido vital para Ana Regina, que vê na sua jornada não apenas uma busca pessoal, mas também uma missão de inspirar outras mães que enfrentam situações semelhantes. “Quero mostrar que todos são capazes de conseguir. Vou achar esse avião e ter as respostas que preciso”, disse ela com convicção.

O desaparecimento do avião, um mistério que permanece sem solução, gerou mobilização de amigos, celebridades e autoridades. A Força Aérea Brasileira (FAB) e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro conduziram as buscas iniciais, mas encerraram as operações sem localizar a fuselagem e os desaparecidos. A FAB afirmou que as operações seguiram padrões internacionais e que seriam retomadas apenas com novas informações.

A esperança e a fé de Ana Regina ilustram a luta de uma mãe em busca de respostas e justiça, em um caso que ainda deixa muitas perguntas sem resposta.