Menino de sete anos morre após inalar calcário enquanto brincava na fazenda da família

O garoto foi sepultado na tarde desta sexta-feira (4)

Menino de sete anos morre após inalar calcário enquanto brincava na fazenda da família

Divulgação / Redes sociais

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Menino de 7 anos, Arthur Emanuel Bitencourt, teve sua vida interrompida de maneira trágica ao inalar calcário enquanto brincava. A família divulgou a última foto do garoto, tirada pouco antes do fatal incidente em uma propriedade familiar em Ipiranga, Campos Gerais do Paraná, na última quinta-feira (3).

O tio do menino, Romaldo Bitencourt, em meio à sua dor, recordou: "Essa foto foi a última e tirada poucos minutos antes do seu trágico falecimento, ocasionado pela inalação de calcário, enquanto brincava… As lembranças que terei de você, meu querido, sempre serão as melhores…[sic]". As palavras do tio ecoam a consternação da comunidade online, onde um usuário lamentou: "Por quê deixar uma criança brincar no calcário? Se para a gente que mexe já não é bom, imagina uma criança brincando…".

Arthur chegou a ser levado a um hospital, mas, infelizmente, não sobreviveu. O garoto foi sepultado às 14h30 de sexta-feira (4). A família afirmou desconhecer os riscos associados ao manuseio do calcário. A Polícia Civil iniciou uma investigação e deve ouvir os familiares de Arthur nos próximos dias.

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Apesar de ser amplamente utilizado por produtores rurais para enriquecer o solo e aumentar a produtividade das colheitas, o calcário apresenta riscos significativos. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) alerta sobre o potencial cancerígeno do calcário, principalmente em casos de exposições repetidas, e a possibilidade de danos pulmonares se inalado.

Os padrões de segurança exigem que o calcário seja manuseado com equipamentos de proteção, incluindo luvas, roupas adequadas, óculos e proteção facial. O IPT aconselha mover a pessoa para um ambiente com ar fresco em caso de inalação, fornecer respiração artificial ou oxigênio se necessário e buscar atendimento médico imediatamente.

A exposição contínua à sílica cristalina respirável presente no calcário pode levar a sintomas como tosse, dispneia, diminuição da função pulmonar, sintomas respiratórios progressivos, como silicose, irritação ocular e potencial carcinogênico ocupacional.