Em decisão recente, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina concedeu a liberdade a Claudia Hoeckler, a mulher acusada de matar o próprio marido em Lacerdópolis e, posteriormente, congelar o corpo na residência. A vítima e seus familiares residem em Concórdia.

Hoeckler, que estava detida na unidade feminina de Chapecó, foi liberada em resposta a um pedido formalizado pelo escritório de advocacia Alencar e Martinazzo, sediado em Joaçaba. Ela deverá permanecer em Joaçaba, aguardando o julgamento em liberdade.

A solicitação de liberdade, preparada pelo advogado de defesa, baseou-se em vários fatores que apontam para a possibilidade de Claudia responder em liberdade.

Entre as razões apresentadas, destacam-se que a acusada possui residência fixa e trabalho lícito. Além disso, foi argumentado que no dia anterior ao crime, Claudia sofreu violência doméstica.

Relembre o caso:

Desdobramentos do crime que chocou Santa Catarina neste final de semana foram revelados. O assassinato de Valdemir Hoeckler, de 52 anos, ocorreu na pequena cidade de Lacerdópolis, no Oeste de SC.

De acordo com a Polícia Civil, Valdemir estava morto enrolado num lençol dentro do freezer de sua própria casa. Isso porque o homem tinha mais de 100kg e era muito pesado para ser colocado no Freezer.

A principal suspeita era de que ele foi morto por sua esposa. A suspeita se confirmou após Claudia Tavares Hoeckler, de 40 anos, confessar o crime numa entrevista ao canal Beto Ribeiro, no YouTube.

Ela afirmou que assassinou o marido com quem era casada há 22 anos por asfixia. "Eu vou ser presa, vou pra cadeia, mas nunca me senti tão livre'', afirmou.

Durante a entrevista ao canal no Youtube, Claudia contou que era agredida pelo marido. Ela disse que não aguentava mais as ameaças de morte e acabou cometendo o crime, inclusive dando os detalhes de como ocorreu.

Segundo o delegado, durante as buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros, a equipe chegou a almoçar na casa e um refrigerante que estava no freezer foi servido durante a refeição. “Veja a frieza dessa mulher, sabendo todo o tempo que o corpo estava ali, debaixo daqueles pacotes e do refrigerante”, comentou.

A mulher tem 40 anos e é professora. Ele era motorista. O casal tem uma filha de 22 anos. Conforme Bonamigo, na última sexta-feira, dia 18, a esposa foi ouvida na delegacia ainda na condição de informante, mas as suspeitas começaram a surgir.

No relato, Claudia afirmou que deu remédios para o marido dormir. Os remédios eram do sogro que havia falecido e ficaram na residência. Depois, usou uma sacola para lhe asfixiar enquanto dormia.

Confira o vídeo: