Sessão da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú termina na delegacia de polícia

A sessão foi tumultuada na noite de terça-feira (11)

Sessão da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú termina na delegacia de polícia

Divulgação

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A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú enfrentou uma sessão tumultuada na noite desta terça-feira (11), marcada por intensas disputas verbais e um ambiente carregado de tensão. O encontro, que tinha como pauta principal a votação do Projeto de Lei n° 65/2024, acabou sendo palco de confrontos entre os parlamentares e levou a interrupções frequentes pelos protestos do público.

O projeto em questão, proposto pelo Executivo, busca revogar a Lei Municipal 4.026/2017 e introduzir uma norma que proíbe a tramitação de projetos que alterem o Plano Diretor em anos eleitorais municipais. Esta proposta atraiu uma grande multidão ao plenário, principalmente de servidores comissionados, que se mostraram vocalmente ativos durante a sessão.

A vereadora Juliana Pavan (PSD) e o presidente da Câmara, David La Barrica (PRD), foram os protagonistas de um dos momentos mais acalorados. A sessão foi suspensa várias vezes devido às manifestações do público, e a interrupção definitiva aconteceu após um embate direto entre Pavan e La Barrica, que resultou no encerramento abrupto da sessão e no corte do microfone de Pavan.

Juliana Pavan expressou sua indignação, descrevendo a ação como "abrupta e autoritária" e acusou a situação de constituir "violência política contra a mulher". Em resposta, dirigiu-se à Delegacia da Mulher para registrar um boletim de ocorrência e solicitar medidas protetivas contra La Barrica.

Por outro lado, David La Barrica defendeu as interrupções, alegando a necessidade de manter a ordem e o decoro diante de um público inflamado. Ele enfatizou que as pausas eram essenciais para o andamento pacífico dos trabalhos legislativos, conforme o Regimento Interno.

O debate em torno do Plano Diretor e as alterações propostas geraram divisões, com críticas à pressa em aprovar mudanças significativas sem um debate público adequado e a ausência de um estudo socioambiental detalhado que fundamentasse as mudanças.