Três cidades em Santa Catarina confirmaram contaminações pela Febre do Oropouche, doença rara provocada principalmente pelo mosquito maruim. Dez pessoas foram infectadas.
Botuverá, Brusque e Luiz Alves, todas situadas no Vale do Itajaí, que confirmaram os casos da doença. Destas, Luiz Alves proclamou uma situação de emergência devido à intensa presença do mosquito maruim.
As pessoas contaminadas pela doença estão distribuídas entre as três cidades, sendo a maior concentração de casos em Botuverá.
As autoridades de saúde do estado estão organizando ações de mapeamento e acompanhamento dos casos, focando em registrar os movimentos dos infectados, seus sintomas e condições gerais de saúde. No mês passado, não havia casos confirmados de infecção pelo vírus em Santa Catarina.
Além disso, há um esforço concentrado para coletar mosquitos para análise e para enviar amostras de sangue de outros pacientes para exames, visando um controle mais efetivo da situação.
Embora o vírus tenha sido identificado pela primeira vez no Brasil nos anos 1960, ele permaneceu predominantemente na região Norte até recentemente. Com a confirmação de casos autóctones em Santa Catarina, a doença demonstra potencial para se espalhar além de suas origens tradicionais. As contaminações não estão associadas a viagens das vítimas.
As autoridades recomendam medidas preventivas, como a eliminação de água parada e o uso de repelentes, para mitigar o risco de infecção.
MEIOS DE INFECÇÃO E SINTOMAS
A Febre do Oropouche é comparável em sintomas à dengue e chikungunya, incluindo dores de cabeça e musculares, náuseas e diarreia.
Seu principal vetor é o mosquito maruim, que prefere ambientes úmidos e com matéria orgânica. Contudo, outros mosquitos como o Aedes serratus e o Culex quinquefasciatus também podem transmitir o vírus em áreas urbanas.
A fêmea do mosquito é responsável pela transmissão do vírus através da picada. O período de incubação varia entre três e oito dias, e os sintomas duram de dois dias a uma semana, geralmente sem deixar sequelas.