No dia 08/04/22, a cidade de Tijucas, em Santa Catarina, foi palco de um crime extremamente grave que chocou a população local. Tratava-se de uma tentativa de feminicídio, que teve como vítima Adriana Martins, ex-esposa de Anderson Lopes, autor do crime.

De acordo com testemunhas, Anderson esfaqueou Adriana em um ponto de ônibus próximo à Beira Rio de Tijucas, nas imediações da Praça do Dinossauro. Estudantes que estavam em um ônibus próximo ao local do crime viram a vítima desesperada por socorro e alertaram o motorista, que imediatamente parou o veículo para prestar atendimento. As testemunhas afirmam que a mulher arrancou a faca de seu próprio corpo e entrou no ônibus, enquanto uma estudante preparava um torniquete para estancar o sangramento. Outros estudantes acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

Adriana foi levada em estado grave ao Hospital São José e, segundo as informações preliminares, aguardava a liberação de uma vaga em UTI na Grande Florianópolis, para onde deveria ser transferida com o apoio do helicóptero da Polícia Civil. O autor do crime empreendeu fuga pelas ruas de Tijucas e chegou a atropelar uma idosa e um cachorro em sua fuga.

A polícia informou que Anderson não poderia se aproximar de Adriana, já que ela possuía uma medida protetiva. Entretanto, isso não impediu o crime cruel. Familiares afirmam que Anderson estava separado formalmente há bastante tempo da vítima e a perseguia por não aceitar o término do relacionamento.

Recentemente, em um desdobramento do caso, Anderson Lopes foi condenado pelo Tribunal do Júri de Tijucas por tentar matar a ex-companheira por duas vezes. Em uma das ocasiões, ao tentar defendê-la, a mãe dela também foi agredida. Ele passou a ameaçar por telefone a filha da ex-mulher que estava grávida, dizendo que ia matar ela e a criança que esperava. Os crimes ocorreram em janeiro e abril do ano passado.

A pena total foi de 15 anos, nove meses e dez dias de reclusão. Pelo crimes cometidos contra a ex-companheira, ele foi condenado por tentativa de feminicídio, por motivo torpe e mediante dissimulação, e lesão corporal com agravante de a vítima ser mulher e também por furto. Na fuga do local do crime, ele levou o aparelho celular e documentos pessoais da agredida. Pelo crime cometido contra a mãe dela, ele foi sentenciado por lesão corporal agravada porque a vítima ser maior de 60 anos. Com relação à filha da ex-companheira, o réu recebeu a sentença por ameaça à integridade física ou psicológica por qualquer meio, perturbando a liberdade e a privacidade, com agravante de ela estar grávida.

É importante ressaltar que casos de violência contra a mulher devem ser denunciados imediatamente às autoridades competentes, para que medidas protetivas sejam tomadas e a vítima possa ter sua segurança garantida. Além disso, é fundamental que a sociedade em geral se mobilize e conscientize sobre a importância do combate à violência de gênero e do respeito à integridade física e psicológica das mulheres. Ações como campanhas educativas e programas de conscientização sobre o tema são essenciais para prevenir e erradicar esse tipo de violência. O caso de Tijucas serve como um alerta para que todos estejam atentos e dispostos a agir em prol da proteção das mulheres, garantindo que elas possam viver em paz e segurança.