A cidade de Florianópolis enfrentou, nesta terça-feira (28), chuvas intensas que resultaram em situação de emergência decretada pelo município. A medida, publicada no Diário Oficial da cidade, vem após registros de mais de 100 milímetros de chuva em um período de apenas seis horas, de acordo com dados da Epagri/Ciram. Essa precipitação causou deslizamentos, alagamentos e danos significativos à infraestrutura em vários bairros.

O decreto autoriza a implementação do Plano Emergencial de Resposta aos Desastres e a convocação de voluntários para auxiliar no atendimento à população. Válido por 180 dias, o decreto surge como resposta aos 185 milímetros de chuva registrados em 24 horas, superando a média histórica mensal de 129 milímetros.

De acordo com o secretário de Segurança e Ordem Pública, Araújo Gomes, a tempestade causou impactos significativos em áreas residenciais, principalmente no Centro e nos bairros de ligação no Norte e Sul da ilha. Além disso, foram registrados problemas como quedas de muros e árvores, e ruas obstruídas.

As regiões Sul e Leste da Ilha foram as mais afetadas na noite de terça-feira. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) informou a interdição da SC-405 no bairro Rio Tavares devido à invasão da água na pista. Os alagamentos continuaram na manhã de quarta-feira, com a recomendação aos motoristas de utilizar a SC-401 para a travessia.

Bairros como Campeche, Rio Vermelho, Santa Mônica, Córrego Grande e Monte Verde também sofreram com alagamentos. No Monte Verde, por volta das 18h de terça-feira, um córrego transbordou, inundando várias casas. Embora o nível da água tenha baixado na manhã de quarta-feira, os danos ainda eram visíveis, incluindo placas de trânsito arrancadas e carros abandonados.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) suspendeu as aulas na manhã de quarta-feira, mantendo apenas os serviços essenciais em funcionamento. A administração da universidade avalia se a suspensão continuará nos períodos da tarde e noite.