Após julgar ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o Tribunal do Júri da Comarca de Joinville condenou Morgana Martins a 21 anos de reclusão em regime fechado por um homicídio qualificado - recurso que dificultou a defesa da vítima - em 2019. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (29).

Na ação penal pública, o MPSC relata que, em 30 de novembro de 2019, no bairro Jardim Iririú, em Joinville, a ré e seu comparsa, Lucas Emanuel de Oliveira Duarte (já morto), tiraram a vida de Edward Galm Fernandes no interior do carro da vítima. Eles atiraram na cabeça de Edward, causando sua morte.

Segundo apurado na instrução processual, "após a prática dos fatos a vítima teria sido empurrada para fora do veículo, que foi abandonado e incendiado nas imediações da Rua Selma Doering Bruhns, no mesmo bairro onde ocorreu o crime".

O Promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, da 23ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville, sustentou que "o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois ela foi mantida pelos seus algozes dentro do automóvel de seu próprio pai quando alvejado por disparo de arma de fogo, e, ainda, lançado para fora do veículo em movimento, dificultando que esboçasse válida reação defensiva".

As teses do MPSC foram acolhidas pelos jurados, que condenaram Morgana conforme a denúncia. Cabe recurso da sentença, e Morgana não poderá recorrer em liberdade. A ré encontra-se, atualmente, recolhida no Presídio Feminino de Itajaí.