Golpista arrancou à mordidas o supercílio de vítima que o confrontou no restaurante
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Um domingo tranquilo na Praia Brava, em Balneário Camboriú, quase se transformou em uma tragédia após Emanuel Claudino, dono do Clube de Caça e Tiro de Camboriú (CCTC), e sua esposa Adriana Fronza da Silva, desencadearem uma sequência de eventos assustadora no restaurante Distretto.
Tudo começou quando uma das vítimas dos golpes milionários de Claudino o confrontou no restaurante, exigindo o reembolso de uma arma que nunca foi entregue. A discussão rapidamente esquentou e, em um momento de fúria, Claudino mordeu o supercílio da vítima, arrancando parte do tecido.
A situação tomou um rumo ainda mais perigoso quando Adriana, esposa de Claudino, retirou uma pistola de sua bolsa tática e abriu fogo em pleno restaurante, que estava lotado e repleto de famílias, incluindo várias crianças. Em um ato desesperado para evitar uma catástrofe, os dois homens conseguiram desviar os tiros para o jardim, enquanto tentavam desarmar Adriana.
O relato de um policial, que almoçava no local no momento do confronto, destaca o caos e a tensão do momento. "Ouvi os disparos e vi dois homens tentando tirar a pistola da mão da mulher. Identifiquei-me como policial e precisei usar força para desarmá-la. Havia várias crianças no local, poderia ter sido uma tragédia!", disse.
A polícia encontrou na uma pistola Glock G21 calibre .45, três carregadores carregados, uma algema plástica e um coldre de polímero. Claudino, ferido na briga, foi levado ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, enquanto Adriana foi detida e encaminhada à delegacia.
A rápida ação dos presentes e da polícia impediu que o incidente se transformasse em uma tragédia ainda maior. Agora, Claudino e Adriana enfrentam acusações graves, incluindo tentativa de homicídio e estelionato. O prejuízo causado por seus golpes é estimado em mais de R$ 12 milhões, deixando um rastro de revolta e desespero entre as vítimas.
Em Tijucas e Camboriú, o “CCT”, Clube de Caça e Tiro, arrastou verdadeiras multidões. Incontáveis pessoas se filiaram para conseguir realizar o sonho de adquirir uma arma de fogo.
Muitos conseguiram. Todavia, chegou uma hora que tudo mudou. Existem várias teorias sobre o que pode ter acontecido. O fato é que o proprietário do CCTT resolveu dar um golpe em todo mundo: calote milionário, que inclui a venda de armas nunca entregues (a grande maioria vendida à vista com “desconto”), pacotes de filiações para 10 anos no clube, fornecedores de armas e munições nunca pagos e funcionários até hoje esperando pela rescisão do contrato após o fechamento.
O esquema: Segundo as incontáveis denúncias feitas sobre Emanuel Claudino, o golpe aconteceu da seguinte maneira: a pessoa obrigatoriamente precisava estar filiada a algum clube de tiro para poder adquirir uma arma. Neste momento, disparava a “primeira bala nas costas” dos clientes. Ele oferecia “pacotões especiais”, com descontos arrasadores para filiações de 10 anos.
A segunda etapa iniciava na compra da arma. Quem pagasse à vista, recebia mais um descontão. E tem mais: parceladinho, era em 10x sem juros no cartão. Tentador, não é mesmo?
Foram vendidos fuzis, pistolas, revólveres, carabinas, espingardas, munições e acessórios para as armas. 90% nunca chegou a ser entregue. Tinha arma com o mesmo número registrada para cinco pessoas e por aí vai.
Não se sabe ao certo o prejuízo causado pelas ações criminosas do indivíduo, todavia, estima-se que deva ultrapassar a cifra de R$ 12 milhões. A revolta é tanta que teve gente cogitando ir até Portugal, onde supostamente ele estaria escondido com sua família.