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Balneário Camboriú foi cenário de um grande tumulto na tarde de domingo (30), quando Emanuel Claudino popularmente conhecido como Português, proprietário do Clube de Caça e Tiro de Camboriú (CCTC), e sua esposa Adriana foram detidos pela Polícia Militar após uma violenta discussão e troca de agressões físicas.
Claudino, conhecido por aplicar golpes milionários na região, foi confrontado por uma de suas vítimas, resultando em uma sequência de eventos chocante.
O incidente teve início no restaurante Distreto, localizado na Praia dos Amores. Uma das vítimas dos golpes de Claudino, insatisfeita com a falta de resposta sobre a devolução de valores pagos por armas nunca entregues, abordou o empresário no local.
A discussão rapidamente esquentou quando Claudino, em tom desafiador, afirmou que não devolveria ‘porra nenhuma’ do dinheiro, alegando estar "quebrado".
A situação escalou quando o empresário tentou agredir a vítima com um soco, falhando e, em seguida, mordendo o rosto do homem, arrancando parte do seu supercílio.
Enquanto isso, Adriana, esposa de Claudino, sacou uma arma de sua bolsa e tentou disparar contra a vítima. Em um ato rápido e corajoso, a vítima conseguiu segurar o pulso de Adriana, desviando os tiros que passaram entre suas pernas.
Apesar de várias tentativas, felizmente ninguém foi baleado. Policiais presentes no local intervieram imediatamente, algemando o casal e impedindo que a situação se agravasse.
Emanuel Claudino foi levado ao Hospital Marieta, em Itajaí, para tratamento dos ferimentos resultantes da confusão. Já Adriana foi encaminhada diretamente à delegacia, onde ambos estão prestando depoimentos. Segundo testemunhas, se a vítima não tivesse reagido rapidamente, o desfecho poderia ter sido trágico.
O esquema de golpes do CCTC envolveu a venda de armas e filiações ao clube de tiro, muitas das quais nunca foram entregues ou concretizadas. Estima-se que o prejuízo causado por Claudino ultrapasse os R$ 12 milhões.
A revolta entre as vítimas é evidente, e muitas delas já estavam à beira de tomar medidas drásticas contra o empresário.
No decorrer do tempo, Claudino ofereceu pacotes de filiação com descontos atrativos, lesando inúmeros interessados em adquirir suas armas de fogo. No entanto, a maioria desses compradores nunca recebeu os produtos. A prática de vender armas com números de série duplicados também foi uma das irregularidades denunciadas.
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