PT quer governar em Brusque após conseguir derrubar o prefeito com decisão do TSE

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve visitar a cidade em agosto para apoiar a campanha de Paulo Eccel (PT), confirmado como candidato a prefeito na eleição

PT quer governar em Brusque após conseguir derrubar o prefeito com decisão do TSE

Divulgação / PT Brusque

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O Partido dos Trabalhadores (PT) tem planos ambiciosos para a cidade de Brusque, em Santa Catarina. Depois de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na cassação da coligação "Brusque Mais Forte", vencedora das eleições municipais de 2020, o PT vê uma oportunidade de ascender ao poder local.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve visitar a cidade em agosto para apoiar a campanha de Paulo Eccel (PT), confirmado como candidato a prefeito na eleição de setembro. A visita está programada para ocorrer em um dia entre 10 e 16 de agosto. Ministros do governo do presidente Lula também são esperados na cidade para apoiar a campanha de Eccel. Entretanto, Lula não deve visitar a cidade, devido à alta rejeição enfrentada em Santa Catarina.

Eccel deve contar com um apoio significativo do governo federal na eleição. A nova eleição é resultado da decisão do TSE de cassar a coligação "Brusque Mais Forte", que havia vencido as eleições municipais de 2020 em Brusque com 25.734 votos (50,23%). A decisão também tornou o prefeito Ari Vequi (MDB) e o vice Pastor Gilmar (DC) inelegíveis até 2028.

A cassação foi baseada em alegações de abuso de poder econômico por parte de Luciano Hang, proprietário da Havan. Segundo os ministros do TSE, Hang violou a isonomia das eleições ao publicar vídeos entrevistando funcionários de sua empresa, incentivando a comunidade local a não votar no PT. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, descreveu essa conduta como parte de uma "campanha paralela" realizada pelo empresário em favor de um dos candidatos.

Em 2006, à época candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o PT vive “no submundo do crime e da chantagem” e insinuou que a direção petista estava envolvida na operação de compra de um dossiê contra os tucanos por R$ 1,7 milhão junto a um empresário apontado como “chefe da máfia dos sanguessugas”.

“Você acha que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, porque deu na cabeça? Quem arrumou R$ 1,75 milhão? Não cai do céu. É uma fábula de dinheiro”, afirmou. “Cabe à polícia investigar, mas é evidente que não é obra do acaso”, prosseguiu o tucano.

Na época, Alckimin, também em visita à Santa Catarina, mais precisamente na vizinha Blumenau (SC), insistiu que o envolvimento do PT com crimes não é ocasional. “É inacreditável. O PT não aprende com a crise. Quando você vai ao submundo do crime, infelizmente tem encontrado alguém do PT. Mais uma vez há gente do PT metida no submundo do crime, da chantagem, da corrupção”, afirmou