Fomos impedidos de fiscalizar o Hospital de Tijucas

Mesmo com a presença de um vereador de Tijucas, a ordem foi clara: não é pra deixar ninguém entrar.

Fomos impedidos de fiscalizar o Hospital de Tijucas

Divulgação

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O Jornal Razão esteve nesta noite de terça-feira (16) no Hospital São José, de Tijucas, para averiguar a veracidade de graves denúncias que chegam à nossa redação. Estas denúncias partem de munícipes que procuram o hospital para atendimento e presenciam situações alarmantes e, principalmente, de colaboradores da referida unidade hospitalar.

É vergonhoso sabermos que a situação é caótica e, mesmo assim, aparentemente somos uma "andorinha só". Todavia, a população pode ter certeza: vamos fazer verão. 

As denúncias apontam para um "sucateamento" do Hospital São José. Isso porque os principais equipamentos supostamente estão sendo levados para outras unidades da Rede Santa Catarina, conforme já havíamos divulgado com exclusividade neste final de semana no artigo "Homens de preto no Hospital de Tijucas" (clique aqui para ler). 

Imagine que ocorra um acidente com duas vítimas gravemente feridas. Segundo a denúncia de colaboradores do HSJ, apenas um poderia ser entubado. Isso porque, conforme os denunciantes, só restou um velho respirador na "Sala Vermelha", onde são atendidos os pacientes urgência e gravidade. 

São denúncias gravíssimas e a população de Tijucas tem o DIREITO de saber a verdade. E esse é o nosso papel.

Batemos na porta do hospital juntamente com o vereador Rudnei de Amorim. 

Depois de aproximadamente 15 minutos esperando para uma resposta, surgiu o responsável. Trata-se de um homem extremamente grosseiro. Questionado sobre os fatos, disse: "não sei. Tens que mandar e-mail para São Paulo e perguntar pra eles". 

Como assim? Se o Hospital está aqui, não podemos verificar se de fato as denúncias são verídicas? Mesmo com a presença do Vereador Rudnei, que possuí prerrogativa legal, fomos impedidos de entrar no Hospital São José. 

Ao falar conosco, o homem que não se dignou a sair de dentro do cubículo da recepção onde trabalham as atendentes, veio com dois celulares em frente ao seu corpo. Gravando a conversa, será? Não sabemos e não podemos afirmar, mas tudo indica que sim. Por que todo este receio? 

Em tempo, a única preocupação do mesmo foi em dizer: "vocês não tem autorização pra nada e também não podem bater fotos ou filmar nada aqui". 

A quem interessa impedir a imprensa e o Poder Legislativo?

Enquanto isso, o Hospital de Tijucas é negociado de mão em mão e deverá ser administrado por uma nova empresa. Pasmem: a nova empresa precisará pagar, de forma vitalícia enquanto houver a duração do contrato, o valor de R$ 100 mil por mês para a Rede Santa Catarina. Afinal, de quem é o Hospital São José? É uma instituição para prover saúde pública ou para gerar lucro? 

Que pena, Tijucas!