O professor acusado de enviar vídeos pornográficos e assediar um estudante em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, usou uma rede social para pedir ajuda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Indivíduo alega ser admirador do petista e solicitou seu apoio por ser supostamente "vítima de homofobia".

O docente é morador de Balneário Camboriú. Pai do rapaz foi responsável pela denúncia. Ele afirma que ‘está na cola’ de professor que convidou seu filho para um encontro sexual. “Você vai gostar”, disse o indivíduo após enviar vídeos ejaculando e se masturbando para o adolescente.

“Já fui na tua casa em Balneário Camboriú, já tentei ligar, mas você não atende. Tenho um presente que só eu posso te entregar e só você pode receber”, disparou o pai.

Professor é ACT e dá aulas em Itajaí. “Puxei a capivara e ele tem uma longa ficha, tudo quanto é tipo de crime, isso é inadmissível”, desabafa o homem, que pediu a ajuda do governador Jorginho Mello.

O Jornal Razão apurou que o professor ameaçou processar o pai e o aluno. Ele enviou mensagens intimidadoras:

"Bom dia, estou entrando com uma ação contra o aluno por homofobia e divulgação de informações falsas, pro pai dele também e contra a escola, estão postando como se eu fosse um estuprador cadê a prova disso? Isso tudo é contra a lei e tem pena", disse L.G.H pelo WhatsApp.

Ele também exigiu que o vídeo fosse excluído, alegou que a família está sendo homofóbica e garantiu ter "acionado o presidente Lula pra interceder".

Em vídeo publicado nas redes sociais, o pai também alertou para o risco de que o indivíduo possa ter usado de artifícios para conquistar outros menores. "A ficha dele não é pequena. A ficha criminal dele, a capivara dele, é grande. Agora você tem a liberdade de querer mandar mensagem pro meu filho. Você tá maluco, cara? Você é um vagabundo. Isso é um lixo que tem que ser sacado da sociedade, tem que ser jogado numa jaula, cara", disse o pai.

Após denúncia do Jornal Razão, o governador Jorginho Mello telefonou para o Delegado Geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, determinando a instauração de inquérito contra um professor de Itajaí suspeito de pedofilia. Indivíduo enviou vídeos pornográficos para estudante, além de convidar o garoto para encontro sexual. Jorginho também orientou a imediata exoneração do professor da Rede Estadual de Ensino.