Em meio à tragédia no RS, Lula e Janja viajam pra Índia: "vou sair dançando"

No Rio Grande do Sul, há 41 mortes, 85 cidades afetadas, 3 mil desabrigados e quase 8 mil desalojados. Enquanto isso, a Janja continua fazendo o que faz de melhor: ostentando viagem

Em meio à tragédia no RS, Lula e Janja viajam pra Índia: "vou sair dançando"

Divulgação

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A viagem do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Primeira-Dama, conhecida como Janja, à Índia para participar da 18ª Cúpula do G20 tornou-se alvo de intenso escrutínio e críticas, especialmente tendo em vista a recente tragédia que afeta o Rio Grande do Sul. O Estado enfrenta uma calamidade de grandes proporções: 41 mortes confirmadas, 85 cidades afetadas, 3.000 desabrigados e quase 8.000 desalojados.

O casal presidencial hospedou-se no luxuoso hotel Taj Palace, em Nova Délhi, com diárias que custaram quase R$ 2 milhões aos cofres públicos. Adicionalmente, o governo federal desembolsou cerca de R$ 330 mil em "salas de apoio", espaços normalmente destinados para coletivas de imprensa e encontros reservados entre autoridades. O montante total gasto com a comitiva, intérpretes, seguranças e transportes ainda não foi divulgado.

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A Primeira-Dama Janja alimentou a controvérsia ao publicar um vídeo em que comemorava a chegada à Índia com a frase: “Me segura que eu vou sair dançando”. O post, compartilhado na rede social conhecida como "X", foi apagado após ser duramente criticado por usuários que viram na atitude um desdém em relação à tragédia no Rio Grande do Sul.

Em uma tentativa de amenizar a situação, o Presidente Lula afirmou em outra publicação no "X" que "orientou o governo federal a estar à disposição" para ajudar nas ações de socorro ao Rio Grande do Sul. Entretanto, aliados do governo já admitiram que houve um erro de cálculo sobre as dimensões da calamidade.

O escrutínio se intensifica quando considerado que, nos primeiros oito meses de seu terceiro mandato, Lula já realizou viagens para 19 países, estabelecendo um novo recorde quando comparado aos seus antecessores. O custo dessas viagens já alcançou quase R$ 25 milhões, sem contabilizar os gastos com translados feitos pela Força Aérea Brasileira.

O governo enfrenta, agora, não apenas a tarefa de coordenar um esforço de ajuda em larga escala no Rio Grande do Sul, mas também de responder a questionamentos cada vez mais ásperos sobre suas prioridades e a alocação de recursos públicos em um momento de crise.