Governo Lula quer mandar 224 médicos para SC pelo "Mais Médicos"

No Vale do Rio Tijucas, serão contemplados os municípios de Nova Trento, com um médico, São João Batista, com quatro médicos, Tijucas, com dois médicos e Major Gercino, com um médico. Na Costa Esmeralda, apenas a cidade de Itapema foi contemplada através do edital, com o total de dois médicos disponíveis. Bombinhas e Porto Belo ficam de fora.

Governo Lula quer mandar 224 médicos para SC pelo "Mais Médicos"

Reprodução / Redes sociais

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O governo Lula planeja enviar 224 médicos para Santa Catarina através do programa Mais Médicos, conforme previsto no Edital nº 4, publicado no Diário Oficial da União. Os profissionais devem atuar em 114 municípios do estado, sendo que Itajaí lidera a lista com 13 vagas.

Neste primeiro momento, os gestores de saúde municipais devem indicar quantas vagas pretendem preencher. As prefeituras são responsáveis por garantir moradia, alimentação, água potável e transporte adequado e seguro aos médicos do programa.

O Ministério da Saúde considerou critérios como vulnerabilidade social dos municípios, dependência do SUS e dificuldade para contratar novos profissionais ao distribuir as vagas. O objetivo é preencher 15 mil vagas do Mais Médicos até o fim de 2023, com um investimento de R$ 712 milhões no ano.

Após críticas à contratação de médicos estrangeiros em 2017, a prioridade agora é para médicos formados no Brasil. Se necessário, médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros poderão ser convocados.

Os profissionais receberão uma bolsa-formação de R$ 12.385 por 32 horas de atividades práticas nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, o governo pretende oferecer ajuda aos médicos que estão pagando o FIES.

O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) critica as mudanças de programa e diretrizes, enquanto o Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) defende a criação de carreiras de Estado para médicos, com melhores condições de trabalho e estabilidade. O CRM-SC acredita que o atual programa não representa um passo na direção de uma carreira de Estado, já que o contrato previsto é de apenas quatro anos, com possibilidade de ampliação por mais quatro anos, e prevê o pagamento de bolsas e não de salário.

A prioridade para médicos brasileiros foi enfatizada, devido às críticas na edição anterior do Mais Médicos em 2013, quando houve a contratação de um grande número de médicos cubanos, que não precisavam do Revalida e recebiam salários menores.