Vídeo polêmico gerou revolta nas redes, e governador Jorginho Mello acionou forças de segurança para investigar o caso em Navegantes

Um vídeo que circula nas redes sociais causou indignação em Santa Catarina. Nas imagens divulgadas com exclusividade pelo Jornal Razão, três homens aparecem em um terreno no bairro São Paulo, em Navegantes, afirmando estar invadindo a área para construir uma favela. Um deles diz:

“Tamo invadindo, vamo construir uma favela. Já tem as telhas, agora só falta mais umas 20 pessoas.”

A declaração gerou forte reação nas redes, principalmente entre moradores do estado, que cobraram posicionamento das autoridades. Muitos questionaram se o conteúdo era real ou apenas uma provocação.

Governador e delegado se manifestam: “Relho no lombo” e “bambu vai roncar”

Poucos minutos após a publicação do conteúdo no perfil do Jornal Razão, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), marcou o comandante da Polícia Militar e o delegado Ulisses Gabriel em um comentário.

A resposta do delegado foi direta:

“Vamos fazer o bambu roncar. Nossos times de Operações Especiais já vão para cima.”

A expressão foi interpretada por internautas como uma ordem para investigação e possível responsabilização dos envolvidos na gravação. A publicação já acumula centenas de comentários pedindo providências e reforçando a defesa da lei estadual que protege a propriedade privada.

Criador de conteúdo do Pará diz que era “brincadeira para gerar engarrafamento”

O responsável pela gravação é um jovem do Pará que mora atualmente em Santa Catarina. Ele possui um perfil ativo no TikTok, onde costuma publicar vídeos com tom irônico sobre o estado, sempre usando o bordão “vem” para convidar pessoas do Norte e Nordeste a migrarem para SC.

Em contato com a reportagem, ele afirmou que tudo não passou de encenação.

“Foi só pra gerar engarrafamento”

Apesar disso, o conteúdo gerou indignação, especialmente por coincidir com o período de aplicação da Lei Estadual nº 19.226/2025, sancionada por Jorginho Mello, que trata da proteção jurídica de terras privadas e prevê ações de repressão a ocupações.

Paraenses se manifestam e dizem se sentir envergonhados

Nos comentários, vários internautas que se identificam como paraenses condenaram a atitude do criador de conteúdo, afirmando que “isso não representa nosso povo”. Uma usuária comentou:

“Moro aqui, pago aluguel caro, trabalho muito. Isso é uma vergonha.”

Já outros catarinenses defenderam a presença de imigrantes de forma respeitosa, desde que não associada a crimes ou provocações.