Homem é preso após estuprar filha de 12 anos quase todos os dias em Barra Velha

Por Redação

Publicado em 22/07/2022 02h28 | Atualizado há 168 dias

Em entrevista, o delegado de Barra Velha, Procópio Batista Silveira Neto, afirmou que a adolescente de 12 anos que deu à luz a um bebê de seis meses em Joinville, na Maternidade Darcy Vargas, sofria violência sexual desde os nove anos. Abusos eram cometidos pelo próprio pai, em Barra Velha. 

Segundo a autoridade, a adolescente foi ouvida no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e na delegacia de polícia, mas apresentava versões conflitantes, o que acabou prejudicando a Polícia Civil durante a investigação. Mais versões difusas sobre o caso vieram à tona, como o relato da mãe da madrasta. Segundo o delegado, uma hora ela “afirmava que a madrasta sabia dos estupros, que ouvia e via, que a própria menina falava que estava sendo abusada, enquanto outras vezes a mulher apenas permanecia em silêncio”. 

“A gente só teve a prova conclusiva do crime quando chegou o exame de DNA comprovando a paternidade da criança”, explicou o delegado Procópio. Além disso, conforme as investigações, ficou comprovado que os abusos ocorriam de forma corriqueira. “O pai chegava em casa, ia para o quarto com a criança, estuprava ela enquanto a madrasta ficava na sala assistindo televisão, fazendo as coisas dela, mas ciente do que estava acontecendo”, pontuou.

Ele disse, ainda, que, durante a fase de depoimentos, a família tentava desmerecer a palavra da menor, afirmando que “ela tinha a vida sexual ativa, que era filho de um namoradinho, podia ser de um pedreiro”. Contudo, o delegado pontua que as provas testemunhais demonstram que o crime acontecia dentro de casa e com o consentimento do pai e da madrasta.

“Por causa de todas as versões, tivemos muita cautela para chegar a uma conclusão e ela veio com a prova do DNA que demostrou que o bebê é do pai da menina, que agora é avó e pai”, afirmou Procópio. 

MADRASTA TEM INTENÇÃO DE ASSUMIR O BEBÊ

O crime chegou ao conhecimento das autoridades através da jovem que, após desentendimento com o pai, denunciou os abusos ao Creas da cidade, em seguida, o Centro entrou em contato com a Polícia Civil, que logo deu início às investigações. Após a conclusão, o delegado encaminhou o inquérito à justiça, pedindo pela prisão do pai e da madrasta da menina. Outra informação que chegou à Polícia Civil é que a mulher teria afirmado que possui a intenção de assumir a maternidade da filha da vítima. 

A justiça acatou o pedido e os dois foram presos na quarta-feira (20), em Barra Velha. Ambos responderão por estupro de vulnerável. Inicialmente, a prisão foi em flagrante, mas foi convertida nesta quinta-feira (21) em preventiva. A mulher também pode ser denunciada por ter convivido no ambiente, ter conhecimento do crime e não fazer nada. O filho da madrasta, que é fruto de outra relação, está sob a guarda do pai biológico. 

Inicialmente, a adolescente e o bebê foram encaminhados para um abrigo e, agora, já estão em outro estado, onde residem parentes da falecida mãe da jovem. 

Com informações do Portal ND+

Autora: Ludmila Lopes

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