Homem é preso por expor fotos íntimas da ex em grupo de WhatsApp

Por Redação

Publicado em 21/12/2024 13h01 | Atualizado há 10 horas

Um homem foi preso preventivamente em Nova Veneza no último sábado (14), após criar um grupo no WhatsApp onde divulgou fotos íntimas de sua ex-namorada. O acusado teria se passado pela vítima ao adicionar diversas pessoas ao grupo, incluindo conhecidos dela, e compartilhar imagens e vídeos de nudez sem consentimento.

A prisão foi decretada pela Justiça com o objetivo de proteger a integridade física e psicológica da mulher, que foi informada por amigos sobre a existência do grupo. O crime, previsto no artigo 218-C do Código Penal, tem pena que varia de um a cinco anos de reclusão, podendo ser agravada em até dois terços quando praticado por alguém que tenha mantido relação íntima com a vítima ou com intenção de humilhá-la ou vingar-se.

Descumprimento de Medidas Protetivas e Ameaças

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem já havia recebido medidas protetivas em outubro de 2024, mas continuou a descumpri-las. Ele teria enviado mensagens ameaçadoras e conteúdos de cunho sexual não apenas à vítima, mas também ao atual companheiro dela. O promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini ressaltou que, mesmo com as medidas deferidas, o acusado persistiu em seu comportamento agressivo e persecutório.

Impacto Psicológico e Uso de Tecnologia para Exposição

O MPSC destacou que o uso da tecnologia para divulgar as imagens agravou ainda mais o sofrimento da vítima. “A divulgação deliberada teve como claro objetivo humilhar e constranger a mulher, afetando gravemente sua privacidade e liberdade”, apontou a instituição. A vítima estaria enfrentando abalos psicológicos significativos, além de restrições em sua capacidade de locomoção e convivência social.

A prisão preventiva foi considerada essencial para interromper as ações do acusado e garantir a segurança da mulher. A Lei Maria da Penha, segundo o Ministério Público, também protege a privacidade e a intimidade das mulheres, assegurando que medidas como essa sejam tomadas para coibir práticas semelhantes.

O caso reforça a gravidade da violência digital e as consequências legais para aqueles que utilizam a tecnologia para infringir direitos e expor vítimas de forma deliberada. Com informações ND mais.

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