Nos EUA, pedófilo é executado em emboscada; no Brasil, o que aconteceria com os policiais?

Foram dezenas de disparos que só pararam quando a agressão do pedófilo criminoso foi cessada

Nos EUA, pedófilo é executado em emboscada; no Brasil, o que aconteceria com os policiais?

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Não foi só um tiro. Foram dezenas de disparos que só pararam quando a agressão do pedófilo criminoso foi cessada. A polícia de Seattle, nos Estados Unidos, atirou e matou um pedófilo que apareceu em um hotel para se encontrar com duas meninas, de sete e onze anos.

Um policial foi atingido de raspão, mas recebeu atendimento no local, apenas com ferimentos leves. Os policiais estavam trabalhando disfarçados com a Força-Tarefa de Crimes na Internet contra Crianças do Estado de Washington.

E no Brasil, o que aconteceria com os policiais?

É comum a população pedir por execução de criminosos em confrontos armados envolvendo forças de segurança. Muitos chegam a lamentar quando a notícia é de que bandidos foram “apenas” presos. Um sentimento que cresce ano após ano na sociedade brasileira, que se vê refém de indivíduos impunes graças a frágil legislação do país.

A verdade é que, na maioria das vezes, são frações de segundos, onde qualquer erro que pode resultar na morte do agente de segurança pública.

Policiais brasileiros hesitam em reagir num confronto. O motivo? A probabilidade de que precisarão arcar do próprio bolso para responderem judicialmente pela legítima defesa é altíssima.

Em Santa Catarina, há alguns anos, uma advogada de uma facção conseguiu até mesmo tirar das ruas uma equipe do Tático que matou um criminoso de alta periculosidade durante operação, em Porto Belo, chegando ao absurdo de serem submetidos ao uso de tornozeleiras eletrônicas durante o processo.

Mais recentemente, neste mês de abril, a Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina (PGE/SC) precisou defender que não houve erro em uma ação da polícia em Itajaí, onde um homem morreu ao atacar PMs durante abordagem.

A Defensoria Pública tinha processado o Estado, dizendo que a polícia usou força demais. O incidente começou quando a polícia foi chamada para uma casa por causa de violência doméstica.

Lá, eles encontraram um homem agitado, armado com duas facas. Ele não obedeceu quando a polícia pediu para ele largar as armas brancas e avançou para cima dos policiais.

As gravações de vídeo comprovaram o relato, mas os policiais precisaram responder a um processo criminal. A polícia tentou pará-lo sem usar armas letais, mas não conseguiu. No fim, atiraram nele porque continuava sendo uma ameaça à integridade física das guarnições.

A justiça, depois de ver as provas, decidiu que os policiais agiram em legítima defesa e não cometeram nenhum erro. Por isso, o Estado não deveria pagar uma indenização.

O caso do pedófilo nos EUA sublinha a necessidade de debater a segurança de quem nos protege. Excessos devem ser evitados, investigados e devidamente punidos. Todavia, colocar todos os policiais em vala comum é um erro que pode resultar numa escalada da insegurança pública.