A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou em Tijucas, na manhã desta quarta-feira, a “Operação Supply Chain”, para desmontar um esquema milionário de fraude corporativa e lavagem de dinheiro que teria vitimado a empresa Growth Supplements, uma das maiores fabricantes de suplementos alimentares do país.
De acordo com a Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR/LD), o principal investigado é um ex-funcionário da Growth, apontado como responsável por articular um sofisticado golpe financeiro dentro da estrutura da empresa. O esquema, segundo a investigação, envolvia pagamentos indevidos a empresas sem qualquer vínculo contratual ou prestação real de serviços, simulando despesas legítimas para desviar recursos.
O relatório policial indica que entre 29 de julho e 16 de agosto de 2024, o ex-colaborador teria conseguido desviar cerca de R$ 8 milhões. A quantia foi transferida a contas de empresas de fachada, posteriormente pulverizada em movimentações suspeitas.
Para frear o uso desses valores, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 13 milhões em bens e ativos dos investigados, incluindo contas bancárias, veículos e imóveis. O montante supera o valor desviado e tem como objetivo assegurar o ressarcimento integral à Growth e impedir o aproveitamento de recursos obtidos de forma ilícita.
A operação cumpre 11 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema. Documentos e equipamentos eletrônicos foram recolhidos para análise técnica e financeira.
Os investigados respondem por estelionato, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação continua para apurar o destino final dos valores e possíveis novos envolvidos.
A Growth Supplements, sediada em Tijucas (SC) e com unidade fabril no Rio Grande do Sul, é considerada uma gigante nacional no setor de suplementos alimentares, com faturamento bilionário e presença consolidada em todo o país.
A Polícia Civil destacou que a ação reforça o compromisso de combater crimes empresariais e proteger o ambiente corporativo catarinense, evitando que esquemas internos de corrupção causem prejuízos a grandes empregadores da região.
