O afastamento de Eduardo Bolsonaro (PL) de suas funções como deputado federal para permanecer nos Estados Unidos gerou intensos debates na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú. O tema, levantado pelo vereador Alessandro Teco (DC), levou a um embate entre Jair Renan (PL) e Eduardo Zanatta (PT), que trocaram farpas durante a sessão.
Teco utilizou a tribuna para elogiar a família Bolsonaro e direcionou sua fala a Jair Renan, destacando a decisão de Eduardo Bolsonaro de buscar anistia para pessoas presas em decorrência dos atos de 8 de janeiro. “Nada contra o vereador Zanatta, mas dizer que acabei de ler que o Alexandre de Moraes acabou arquivando o pedido de cassação do passaporte do seu irmão, Renan”, declarou.
A menção provocou uma reação imediata de Zanatta, que questionou o motivo de sua citação e acusou Eduardo Bolsonaro de fugir por medo de ser preso. “Ele se licenciou do mandato para ficar em outro país”, disparou o petista.
Renan tentou intervir, mas foi impedido, e a discussão escalou quando Zanatta concluiu seu discurso afirmando que “quem tem medo, foge”. Renan, por sua vez, rebateu chamando o adversário de “baixo” e “moleque”.
Jair Renan reage emocionado e critica opositores
No dia seguinte, Renan voltou à tribuna e fez um discurso emocionado, chegando às lágrimas ao falar sobre o impacto da situação em sua família. Ele defendeu o irmão e denunciou o que chamou de tentativa de silenciamento por parte de adversários políticos.
“Sabemos o que está acontecendo no Brasil e sabemos o motivo do meu irmão ficar nos Estados Unidos e pedir asilo. Foi duro ver o discurso dele e ver meu pai naquele estado”, desabafou.
Renan também criticou os ataques direcionados à sua família e reafirmou sua intenção de continuar enfrentando o que chamou de “sistema” em Balneário Camboriú. “Eu que sou irmão, já senti bastante, mas imagina meu pai o que ele sentiu. Quando você vai atacar alguém, ataque a pessoa, não ataque o familiar”, declarou.
Finalizando seu pronunciamento, Renan afirmou que seguiria incomodando seus opositores. “Se acham que vão me calar, estão muito enganados. Eu vou continuar incomodando o sistema de Balneário Camboriú. E a cobra vai fumar agora”, concluiu.