Tijucas está investigando um possível terceiro óbito por dengue. As informações sobre as duas mortes anteriores, uma jovem entre 15 e 17 anos e um idoso entre 75 e 79 anos, foram divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado. Vilson Porciúncula, secretário da pasta municipal, confirmou a investigação do terceiro caso. Se confirmado, a cidade igualará o número de mortes de Florianópolis, a cidade com mais óbitos pela doença na região da Grande Florianópolis.
Em epidemia desde o fim de fevereiro e com algumas regiões em alerta vermelho (como a Grande Florianópolis), atualmente, Santa Catarina já registrou mais de 35 mil casos confirmados e 115.237 prováveis, 59 mortes e investiga 23. Com aumento na demanda por atendimento médico, ao que aparenta, Tijucas tem aumentado a crescente. O fato, de acordo com o secretário Vilson, tem “sobrecarregado os serviços de saúde”.
O boletim epidemiológico semanal de dengue da cidade ainda não foi divulgado. O Jornal Razão entrou em contato com a prefeitura, solicitando novos dados, e aguarda retorno. Até a última atualização, referente à semana do dia 30 de março, a cidade contava com 1.398 casos confirmados, mas ainda não possuía a informação da segunda morte, que, até então, encontrava-se em investigação.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Razão, ele contou que os centros de triagem e prontos-socorros estão focados quase exclusivamente no atendimento de casos de dengue. Com apenas três médicos no pronto atendimento e dois no Centro de Triagem, os tempos de espera para os pacientes são longos. A classificação de todos os pacientes como prioridade complica a gestão do atendimento, dada a variabilidade da gravidade dos casos.
O secretário de saúde destaca a importância da comunicação e cooperação entre as diferentes unidades de saúde para gerenciar a crise. A prefeitura planeja adquirir um novo aparelho de hemograma para acelerar o diagnóstico e tratamento da dengue. Estratégias de comunicação e educação da população sobre a prevenção da dengue são cruciais, incluindo o controle de criadouros do mosquito.
Uma campanha de vacinação contra a dengue está planejada, focando inicialmente em crianças de 10 a 14 anos. A cidade também está conduzindo campanhas de vacinação contra a influenza e tétano, além de iniciativas para educar a população sobre a prevenção da dengue.
Diante do aumento, que, de acordo com o secretário, tende a reduzir com a diminuição do calor, a população é encorajada a colaborar na eliminação de possíveis criadouros do mosquito da dengue, como água parada e recipientes que possam acumular água.