Após ataques de moradores de rua em Florianópolis, MPSC cobra medidas urgentes

Instauração de inquérito civil busca investigar casos de violência envolvendo pessoas em situação de rua

Após ataques de moradores de rua em Florianópolis, MPSC cobra medidas urgentes

Imagem ilustrativa

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O Ministério Público de Santa Catarina, representado pelo promotor de Justiça Daniel Paladino, anunciou a instauração de um inquérito civil nesta segunda-feira (15) para tratar de casos de violência envolvendo pessoas em situação de rua em Florianópolis. A ação surge em resposta a pelo menos três incidentes violentos recentes na cidade, sendo o mais marcante o espancamento de Thainá Dalmagro na semana passada.

A iniciativa do Ministério Público inclui uma convocação para uma ampla reunião com órgãos públicos, a sociedade civil e movimentos sociais, prevista para os primeiros dias de fevereiro. Este encontro visa a discutir soluções e estratégias para abordar a problemática das pessoas em situação de rua, bem como os recentes episódios de violência.

Em dezembro, um homem em situação de rua morreu após ser espancado em uma briga com moradores do Centro de Florianópolis, segundo informações da Polícia Militar. Já em novembro, um adolescente de 17 anos foi fatalmente esfaqueado no Largo da Alfândega após um desentendimento com um morador de rua.

Além do inquérito, a Prefeitura de Florianópolis está desenvolvendo um novo programa destinado à população de rua. Entre as medidas previstas está a criação do Centro de Permanência Dia, com previsão de início de atividades após o Carnaval. O prefeito Topázio Neto destacou a meta de acolhimento e incentivo à reintegração social, mencionando iniciativas de empregabilidade e capacitação em várias áreas para as pessoas em situação de rua.

Conforme dados atualizados pela Prefeitura no final de novembro de 2023, existem 968 pessoas vivendo nas ruas da capital catarinense. O plano municipal inclui oferta de serviços como corte de cabelo, manicure, pedicure, panificação, confeitaria, pintura de meio-fio e corte de grama, com remuneração diária.

O promotor Daniel Paladino expressou preocupação com a escalada de violência, especialmente na região central da cidade, e ressaltou a importância do inquérito para dimensionar o problema e buscar soluções efetivas. 

A situação é considerada urgente e complexa, envolvendo debates sobre segurança, drogadição, alcoolismo e ressocialização.


Com informações do repórter Diogo de Souza.