Família luta pela sobrevivência após "mãe heroína" ser morta por estuprador da própria filha

Mãe foi morta pelo marido após flagrar o homem estuprando sua filha. Crianças, agora, estão morando com a tia. Com 10 pessoas na mesma casa, situação difícil inspira a ajuda da comunidade

Família luta pela sobrevivência após "mãe heroína" ser morta por estuprador da própria filha

Acervo / Jornal Razão

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Bombinhas, uma tranquila cidade catarinense, foi palco de uma tragédia que abalou a comunidade. Na madrugada do dia 4 de fevereiro, Joelma Bonifácio Andrade, uma mãe de 31 anos, foi brutalmente assassinada pelo marido ao tentar proteger sua filha mais velha de um estupro. O caso, marcado pela violência extrema, deixou três crianças órfãs - com o pai preso e a mãe morta - e uma família destroçada.

A Polícia Militar, chamada por volta das 2h, encontrou Joelma caída no pátio da residência, com várias perfurações pelo corpo. Mesmo gravemente ferida, ela conseguiu relatar a terrível cena que havia presenciado. Joelma, ao acordar com o barulho da filha de 13 anos tentando gritar, flagrou o marido abusando da adolescente. Na tentativa de proteger a filha, a mãe enfrentou o marido, que, armado com uma faca, a esfaqueou várias vezes antes de fugir.

A adolescente, que também foi ameaçada com a faca e um fio de luz utilizado para segurar seu pescoço, confirmou a narrativa da mãe. Esta não teria sido a primeira vez que o padrasto a abusou, culminando na brutal agressão à mãe ao ser flagrado.

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Após o ocorrido, Joelma foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bombinhas. Embora tenha resistido inicialmente, com cerca de dez perfurações pelo corpo, a mulher veio a falecer 36 dias depois no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, após múltiplos procedimentos cirúrgicos. Ela teve pelo menos três órgãos perfurados e perdeu um dos rins. Aos familiares, durante breve recuperação enquanto estava internada, a mãe pediu para a irmã que cuidasse de suas filhas e de seus cachorrinhos. 

Agora, as filhas de Joelma, de 6, 10 e 13 anos, estão sob a guarda da tia, Jéssica Andrade. Jéssica, que já era mãe de duas crianças, encontrou-se, de repente, responsável por cinco. Com dez pessoas na mesma residência, a família enfrenta dificuldades. As meninas estão traumatizadas, especialmente a mais nova, que será encaminhada a um psiquiatra.

Além do trauma, a família precisa lidar com a escassez de recursos. Com o inverno se aproximando, roupas e cobertores são necessários, além do aumento no gasto com alimentação.

Jéssica está apelando à generosidade da comunidade para ajudar a família neste momento. Quem puder ajudar pode entrar em contato através do número 47 9779-0847. Doações em dinheiro podem ser feitas pelo pix jessicaandrade26372@gmail.com. Uma rifa também está sendo vendida na cidade de Bombinhas para arrecadar fundos. Ela também agradece ao prefeito Paulinho e a toda a prefeitura de Bombinhas, que está prestando suporte à família. 

O assassino permanece preso no seguro do Presídio Regional de Tijucas. Ainda não há data prevista para seu júri popular.  A investigação descobriu que o indivíduo acusou a vítima, mais precisamente a menina de 13 anos, após o estupro, de ter "acabado com sua vida". Uma cova também foi encontrada aos fundos da casa. Suspeita-se que o plano seria matar a garota após o ato repugnante.