Moradores afirmam que incêndio em área de invasão em Itapema foi criminoso e tinha como intuito expulsá-los

Advogado dos proprietários negam autoria e afirmam que têm meios legais de reintegrar a posse do terreno

Moradores afirmam que incêndio em área de invasão em Itapema foi criminoso e tinha como intuito expulsá-los

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Na madrugada desta quinta-feira (4), por volta das 4h, um incêndio atingiu uma área de invasão no bairro Morretes, em Itapema, onde moradores alegam ser alvo de um atentado.

A Polícia Militar, após ser acionada pelo COPOM para averiguar possíveis disparos de arma de fogo na localidade se deparou com diversos focos de incêndio em entulhos e construções desabitadas.

Moradores, que preferiram não se identificar, acusam supostos capangas dos proprietários do terreno de iniciar o incêndio como forma de expulsá-los do local, além de darem tiros para o alto.

Eles afirmam que animais foram baleados e mortos. Contudo, não realizaram boletim de ocorrência. Segundo os relatos, os suspeitos teriam chegado à área afirmando que, caso os moradores não saíssem imediatamente, enfrentariam consequências fatais.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e trabalharam juntos para conter os focos de incêndio. Ninguém foi encontrado no local durante a averiguação das autoridades, e alguns moradores apareceram somente após os bombeiros controlarem o fogo, afirmando que ninguém havia sido ferido.

O Jornal Razão entrou em contato com o advogado do proprietário do terreno questionando a veracidade das acusações. Ele afirmou que a informação não procede e que os proprietários têm meios legais pra garantir o domínio da área.

Alegou, inclusive, que foi feito um acordo entre os moradores e proprietários acerca do terreno.

"Apesar de termos obtidos uma liminar de REINTEGRAÇÃO de posse em dezembro, firmamos em janeiro um acordo homologado na justiça de desocupação voluntária, dando o prazo até 19.07, desde que, não houvesse novas invasões e qualquer desmatamento na área. O que aconteceu essa semana: fomos surpreendidos com novas invasões e desmatamento. Gente, inclusive, vendendo espaço no local, levantando pequenas paredes para somente ilustrar uma moradia, mas que efetivamente NÃO ESTÃO MORANDO ALI", declarou.

Foi mencionado, ainda, que os proprietários, em outros momentos, teriam sido recebidos pelos moradores de forma ríspida. Alguns deles estariam armados com facões, com o objetivo de intimidá-los.

Em nota, a Polícia Militar esclarece que não houve reintegração de posse e que a ocorrência foi tratada como incêndio. Até o momento, não há informações conclusivas sobre a origem do fogo, se criminoso ou acidental, e não foram confirmadas informações sobre animais feridos.