Em meio ao caos provocado por facções criminosas em Santa Catarina, um relato impactante chamou a atenção. O caminhoneiro Lula Freteiro, em uma entrevista exclusiva ao Jornal Razão, desabafou sobre o terror que viveu ao escapar por pouco de um ataque durante o ‘salve geral’ das facções que tem paralisado a região.

“Tinha quatro bandidos armados, com pistola, calibre 12 e 38. Eles botaram fogo em três carros e mandaram o pessoal sair de dentro. Eu estava do lado, começaram a gritar para eu descer do caminhão”, relatou Lula, ainda visivelmente abalado. Segundo ele, os criminosos estavam determinados a destruir tudo à sua volta. “Chegaram com galão de gasolina para jogar e meter fogo. Mas, graças a Deus, ele passou direto e foi no carro de trás. Se fosse no meu caminhão, eu teria perdido tudo.”

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Lula mostrou as marcas do ataque em seu caminhão, com parte do teto danificada pelo fogo. “Eu consegui apagar, mas queimei minha mão toda”, disse, mostrando as queimaduras ainda visíveis. O caminhoneiro destacou o quanto estava perto de perder não apenas o caminhão, mas sua própria vida. “Foi questão de segundos. Deus me livrou de estar morto agora. Meu caminhãozinho é meu sustento, é com ele que eu pago minhas contas, cuido da minha família. Se não fosse Deus, eu estaria morto ali dentro.”

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O ataque ocorreu em meio a uma série de ações coordenadas por facções criminosas, que têm promovido terror em várias cidades da Grande Florianópolis, com bloqueios e incêndios em estradas. Testemunhas afirmam que os bandidos estavam fortemente armados e rendendo motoristas, queimando veículos para chamar a atenção da polícia e desviar o foco das operações em andamento.

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Enquanto a Polícia Militar segue com uma megaoperação para controlar os ataques, histórias como a de Lula Freteiro ilustram o drama vivido por muitos trabalhadores nas estradas de Santa Catarina. O clima de insegurança continua a se espalhar pela região, e o desabafo de Lula ecoa o sentimento de muitos: “Foi Deus que me tirou dessa. Sem Ele, eu não estaria aqui contando essa história”.