Nesta segunda-feira (10), o governador Jorginho Mello (PL) anunciou que cada escola estadual de Santa Catarina terá um profissional armado para garantir a segurança dos alunos. A medida será implementada em até 60 dias e incluirá a contratação de policiais militares, civis e bombeiros da reserva, com um custo anual previsto de R$ 70 milhões.

O anúncio foi feito durante a cerimônia de balanço dos 100 primeiros dias de governo de Jorginho Mello, cinco dias após o ataque a uma creche em Blumenau que resultou na morte de cinco crianças. Desde então, o estado vem discutindo medidas de segurança para instituições de ensino.

— Vamos contratar um policial armado para cada escola, vamos chamar os policiais aposentados, que têm experiência e credibilidade, que conhecem o bairro e cada escola. Vamos ter policiais militares, civis, bombeiros, fardado, armado, um dentro de cada escola — afirmou o governador.

Em Florianópolis, as escolas e creches da rede municipal terão segurança feita por pelo menos um agente da Guarda Municipal a partir desta segunda-feira (10). Em Blumenau, a prefeitura está discutindo a contratação de policiais militares da reserva ou bombeiros para atuar nas escolas estaduais, mas, caso isso não seja possível, a prefeitura irá contratar seguranças privados armados.

Já o Município de Porto Belo iniciou nesta segunda-feira (10) a medição dos muros e cercas das escolas e creches do município, com o objetivo de padronizar o cercamento e aumentar a proteção das unidades. Em primeira análise, foi considerado que, em caso de ataques de ódio, as consequências podem ser piores se o ambiente escolar estiver totalmente "escondido" por muros, por isso a equipe de engenharia optou por aumentar os muros e instalar cercas até alcançarem a altura de 2,5 metros.

Em uma outra ocorrência envolvendo segurança nas escolas, na manhã desta segunda-feira (10), a polícia militar foi acionada para uma escola em Governador Celso Ramos, onde um adolescente de 13 anos foi encontrado com uma arma de fogo em sua mochila. De acordo com a PM, o adolescente não possui passagens policiais e informou que estava guardando a arma para outra pessoa. O Conselho Tutelar foi acionado, mas não compareceu presencialmente na situação.