Ex-deputado catarinense que estuprou crianças muda de gênero e tenta enganar a PF

Duduco, condenado por abuso sexual, foi capturado no Rio de Janeiro após um ano foragido.

Ex-deputado catarinense que estuprou crianças muda de gênero e tenta enganar a PF

Reprodução

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O ex-deputado estadual de Santa Catarina, Nilson Nelson Machado, conhecido como Duduco, foi preso no Rio de Janeiro após passar um ano foragido. Com 63 anos, o ex-político havia adotado uma nova identidade como Catarina da Lapa, uma mulher trans, em uma tentativa de escapar de sua condenação por crimes de abuso sexual contra vulneráveis. 

Duduco havia sido condenado, em setembro de 2017, por crimes de abuso sexual e maus-tratos contra crianças e adolescentes que frequentavam uma creche administrada por ele em Florianópolis.

O foragido foi localizado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro, em uma operação conduzida pelo Núcleo de Capturas (Nucap/SO/Drex), após uma investigação detalhada que envolveu o cruzamento de dados e monitoramento de suas atividades.

A tentativa de Duduco de confundir as autoridades incluiu a mudança de nome e a adoção de documentos sociais como Catarina da Lapa. Ele tentou eliminar sua antiga identidade, mas a polícia rapidamente conectou suas duas identidades, levando à sua captura. A prisão ocorreu em uma residência na capital carioca, pondo fim à fuga do condenado.


Originalmente, a sentença era de 31 anos, 4 meses e 20 dias, mas após recursos, a pena foi reduzida para 25 anos, 6 meses e 20 dias de prisão em regime fechado. Mesmo com a redução da pena, Duduco fugiu e, desde então, vivia sob sua nova identidade.

Em maio de 2013, novas denúncias surgiram envolvendo mais vítimas atendidas pelo projeto social de Duduco, reforçando o padrão de crimes cometidos enquanto ele ocupava seu cargo público. Com a captura de Catarina da Lapa, a justiça finalmente conseguiu cumprir a sentença de 20 anos de prisão.

Gina Santos, mãe de uma das vítimas, afirmou sentir algum alívio com a prisão do ex-deputado. 

Ela destacou que, embora a justiça esteja sendo feita, as marcas emocionais deixadas pelos abusos sofridos ainda afetam profundamente sua família e as outras vítimas.

Fonte: Terra Brasil Notícias