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Lula bate recorde de rejeição e perde apoio de católicos, mostra pesquisa

Publicado em 04/06/2025 12h04
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A avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou nova piora neste mês junho, segundo levantamento do instituto Quaest, divulgado nesta quarta-feira (4). A desaprovação da gestão chegou a 57% dos entrevistados, o índice mais alto desde o início do atual mandato. A aprovação, por outro lado, caiu para 40%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais, em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Entre os católicos, o percentual dos que desaprovam o governo subiu de 49% para 53%, superando os que aprovam (45%). Já entre evangélicos, o cenário segue amplamente desfavorável ao presidente: 66% reprovam, enquanto 30% aprovam a gestão.

Na avaliação geral, 43% dos entrevistados classificam o governo como negativo, enquanto apenas 26% consideram positivo. Outros 28% avaliam como regular. Os demais não souberam ou preferiram não responder.

Em termos de escolaridade, o único grupo em que a aprovação ainda supera a desaprovação é o de pessoas com ensino fundamental completo ou menos: 50% aprovam, ante 47% que reprovam. Entre os com ensino médio completo, a desaprovação chega a 61%. No ensino superior, esse índice sobe a 64%.

A aprovação também é mais expressiva entre os brasileiros com renda familiar de até dois salários mínimos (50%), mas a desaprovação nesse grupo também cresceu e atingiu 49%. Já entre os que recebem de dois a cinco salários, a desaprovação caiu de 61% para 56%, enquanto a aprovação subiu de 36% para 43%.

Regionalmente, Lula mantém vantagem apenas no Nordeste, onde a aprovação subiu para 54% e a desaprovação recuou a 44%. No Sudeste, a desaprovação chegou a 64%. Nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste, a maioria dos entrevistados também se mostrou crítica ao governo.

Entre os beneficiários do Bolsa Família, 51% aprovam o governo Lula, enquanto 44% desaprovam. Já entre os não beneficiários, a desaprovação é majoritária, com 61%.

No recorte por raça e etnia, a maior taxa de aprovação é entre pessoas negras (52%), enquanto a maioria de brancos (62%) e pardos (56%) declarou reprovar a administração petista.

A desaprovação entre os mais jovens (16 a 34 anos) segue alta, com 60%, embora tenha caído em relação à pesquisa anterior. Entre pessoas de 60 anos ou mais, o cenário é mais favorável: 52% aprovam, ante 45% que desaprovam.

Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, 74% ainda aprovam sua gestão. No grupo que optou por Jair Bolsonaro, a desaprovação é praticamente unânime: 91%. Entre os que votaram branco, nulo ou não compareceram, a reprovação também cresceu, passando de 62% para 65%.

A percepção sobre a economia teve leve melhora. O número de pessoas que acredita que a situação econômica piorou caiu de 56% para 48%. Ainda assim, a maioria considera que perdeu poder de compra nos últimos 12 meses.

Sobre escândalos recentes, 82% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento do caso de fraudes no INSS. Dentre esses, 31% atribuem responsabilidade direta ao governo federal. A decisão de manter a alta do IOF sobre a compra de dólares também foi reprovada por metade dos entrevistados.

Comparado a gestões anteriores, 56% consideram o atual governo pior que os dois primeiros mandatos de Lula. Já em relação ao governo Bolsonaro, 44% acham que a situação atual está pior, enquanto 40% consideram melhor.

A percepção de que o Brasil está indo na direção errada também aumentou, passando de 56% para 61% dos entrevistados. Apenas 32% acreditam que o país está no rumo certo.

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A avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou nova piora neste mês junho, segundo levantamento do instituto Quaest, divulgado nesta quarta-feira (4). A desaprovação da gestão chegou a 57% dos entrevistados, o índice mais alto desde o início do atual mandato. A aprovação, por outro lado, caiu para 40%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais, em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Entre os católicos, o percentual dos que desaprovam o governo subiu de 49% para 53%, superando os que aprovam (45%). Já entre evangélicos, o cenário segue amplamente desfavorável ao presidente: 66% reprovam, enquanto 30% aprovam a gestão.

Na avaliação geral, 43% dos entrevistados classificam o governo como negativo, enquanto apenas 26% consideram positivo. Outros 28% avaliam como regular. Os demais não souberam ou preferiram não responder.

Em termos de escolaridade, o único grupo em que a aprovação ainda supera a desaprovação é o de pessoas com ensino fundamental completo ou menos: 50% aprovam, ante 47% que reprovam. Entre os com ensino médio completo, a desaprovação chega a 61%. No ensino superior, esse índice sobe a 64%.

A aprovação também é mais expressiva entre os brasileiros com renda familiar de até dois salários mínimos (50%), mas a desaprovação nesse grupo também cresceu e atingiu 49%. Já entre os que recebem de dois a cinco salários, a desaprovação caiu de 61% para 56%, enquanto a aprovação subiu de 36% para 43%.

Regionalmente, Lula mantém vantagem apenas no Nordeste, onde a aprovação subiu para 54% e a desaprovação recuou a 44%. No Sudeste, a desaprovação chegou a 64%. Nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste, a maioria dos entrevistados também se mostrou crítica ao governo.

Entre os beneficiários do Bolsa Família, 51% aprovam o governo Lula, enquanto 44% desaprovam. Já entre os não beneficiários, a desaprovação é majoritária, com 61%.

No recorte por raça e etnia, a maior taxa de aprovação é entre pessoas negras (52%), enquanto a maioria de brancos (62%) e pardos (56%) declarou reprovar a administração petista.

A desaprovação entre os mais jovens (16 a 34 anos) segue alta, com 60%, embora tenha caído em relação à pesquisa anterior. Entre pessoas de 60 anos ou mais, o cenário é mais favorável: 52% aprovam, ante 45% que desaprovam.

Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, 74% ainda aprovam sua gestão. No grupo que optou por Jair Bolsonaro, a desaprovação é praticamente unânime: 91%. Entre os que votaram branco, nulo ou não compareceram, a reprovação também cresceu, passando de 62% para 65%.

A percepção sobre a economia teve leve melhora. O número de pessoas que acredita que a situação econômica piorou caiu de 56% para 48%. Ainda assim, a maioria considera que perdeu poder de compra nos últimos 12 meses.

Sobre escândalos recentes, 82% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento do caso de fraudes no INSS. Dentre esses, 31% atribuem responsabilidade direta ao governo federal. A decisão de manter a alta do IOF sobre a compra de dólares também foi reprovada por metade dos entrevistados.

Comparado a gestões anteriores, 56% consideram o atual governo pior que os dois primeiros mandatos de Lula. Já em relação ao governo Bolsonaro, 44% acham que a situação atual está pior, enquanto 40% consideram melhor.

A percepção de que o Brasil está indo na direção errada também aumentou, passando de 56% para 61% dos entrevistados. Apenas 32% acreditam que o país está no rumo certo.

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