Quadrilha do leilão falso engana vítimas em SC e arrecada quase R$ 300 mil

Quadrilha criava sites falsos e usava dados oficiais para enganar vítimas; suspeitos ameaçavam prender quem não pagasse.

Por Redação

Publicado em 10/02/2025 09h53

Imagens: Divulgação

Na manhã desta segunda-feira (10), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGAECO), com o apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), deflagrou a Operação “Last Bid”. O objetivo da operação – após a identificação de vítimas residentes em Santa Catarina – é desarticular um grupo criminoso oriundo de São Paulo, especializado em aplicar o golpe do leilão de veículos.  

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Caçador/SC, após requerimento realizado pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador, em endereços ligados aos investigados. A decisão judicial também determinou o bloqueio e a indisponibilidade de bens, ativos financeiros e criptoativos até o limite de R$ 299.240,00 (duzentos e noventa e nove mil, duzentos e quarenta reais), valor correspondente ao prejuízo causado às vítimas. 

Post

A investigação teve início em 2023, após um registro de atendimento na sede do Ministério Público em Caçador/SC. Na oportunidade, a partir do registro da Notícia de Fato foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal na 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador e solicitado apoio técnico do CyberGAECO para condução das investigações. 

A vítima que realizou a representação relatou a prática de crime de estelionato em plataformas virtuais falsas de leilão de veículos com preços abaixo do valor de mercado. 

Foi identificado pelo CyberGAECO que os criminosos criavam sites falsos, porém muito semelhantes aos sites oficiais de leilões de veículos, e utilizavam de ferramentas digitais, como anúncios patrocinados e informações privativas de órgãos oficiais, para atrair compradores e trazer credibilidade ao negócio. Assim, após a realização do “arremate” e o recebimento de documentos que transpareciam veracidade, a vítima perdia o contato com os “administradores” do site e verificava que o carro, na verdade, pertencia a terceira pessoa alheia ao negócio.  

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Além disso, após o arremate, caso houvesse alguma reticência da vítima em efetuar de pronto o pagamento, os criminosos passavam à fase da coação e da ameaça, inclusive afirmando que as vítimas seriam presas e processadas criminalmente por não honrarem o arremate realizado em um “site de leilão oficial do Estado”. 

Somente no Estado de Santa Catarina, foram identificadas seis vítimas, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 300.000,00, com indícios de que outras diversas pessoas também podem ter sido lesadas no Brasil. 

Veja como funciona o golpe do leilão virtual: 

  1. Os criminosos criam sites idênticos às plataformas oficiais de leilão, com logos de instituições públicas e domínios semelhantes aos leilões virtuais verdadeiros;    
  2. Para dar credibilidade à plataforma falsa, os criminosos indicam nomes de leiloeiros oficiais, sede em pátios de veículos, criam de anúncios em sites e ofertam veículos em bom estado com preço abaixo do valor de mercado;  
  3. A vítima, após ser atraída ao site fictício, cria um cadastro com envio de documentos de identidade para ativar e habilitar a realização de lances;    
  4. Após o arremate, criminosos contactam a vítima por aplicativo de mensagem, parabenizando-a pela compra e repassando as orientações de pagamento do veículo;    
  5. Na sequência, enviam o Termo de Arrematação, o Recibo de Compra e Venda e solicitam o pagamento via PIX;    
  6. No caso de a vítima não realizar o pagamento de forma célere, ameaçam a vítima responsabilização criminal e prisão pela ausência de pagamento de um veículo arrematado em leilão oficial.
Post

A escolha do nome “Last Bid” reflete, de forma simbólica, ao próprio golpe aplicado pelos criminosos, já que, com o “último lance” realizado pela vítima, a compra do veículo era efetivada e o golpe se concretizava. 

A investigação contou com o apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo para cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas cidades em que os alvos foram localizados, bem como para sediar as bases de apoio. 

GAECO e CyberGAECO 

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas. 

O CyberGAECO é uma força-tarefa especializada, inserida na estrutura do GAECO, para identificar, buscar prevenir e reprimir infrações penais praticadas especialmente em ambientes virtuais.

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Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Caçador/SC, após requerimento realizado pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador, em endereços ligados aos investigados. A decisão judicial também determinou o bloqueio e a indisponibilidade de bens, ativos financeiros e criptoativos até o limite de R$ 299.240,00 (duzentos e noventa e nove mil, duzentos e quarenta reais), valor correspondente ao prejuízo causado às vítimas. 

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A investigação teve início em 2023, após um registro de atendimento na sede do Ministério Público em Caçador/SC. Na oportunidade, a partir do registro da Notícia de Fato foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal na 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador e solicitado apoio técnico do CyberGAECO para condução das investigações. 

A vítima que realizou a representação relatou a prática de crime de estelionato em plataformas virtuais falsas de leilão de veículos com preços abaixo do valor de mercado. 

Foi identificado pelo CyberGAECO que os criminosos criavam sites falsos, porém muito semelhantes aos sites oficiais de leilões de veículos, e utilizavam de ferramentas digitais, como anúncios patrocinados e informações privativas de órgãos oficiais, para atrair compradores e trazer credibilidade ao negócio. Assim, após a realização do “arremate” e o recebimento de documentos que transpareciam veracidade, a vítima perdia o contato com os “administradores” do site e verificava que o carro, na verdade, pertencia a terceira pessoa alheia ao negócio.  

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Além disso, após o arremate, caso houvesse alguma reticência da vítima em efetuar de pronto o pagamento, os criminosos passavam à fase da coação e da ameaça, inclusive afirmando que as vítimas seriam presas e processadas criminalmente por não honrarem o arremate realizado em um “site de leilão oficial do Estado”. 

Somente no Estado de Santa Catarina, foram identificadas seis vítimas, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 300.000,00, com indícios de que outras diversas pessoas também podem ter sido lesadas no Brasil. 

Veja como funciona o golpe do leilão virtual: 

  1. Os criminosos criam sites idênticos às plataformas oficiais de leilão, com logos de instituições públicas e domínios semelhantes aos leilões virtuais verdadeiros;    
  2. Para dar credibilidade à plataforma falsa, os criminosos indicam nomes de leiloeiros oficiais, sede em pátios de veículos, criam de anúncios em sites e ofertam veículos em bom estado com preço abaixo do valor de mercado;  
  3. A vítima, após ser atraída ao site fictício, cria um cadastro com envio de documentos de identidade para ativar e habilitar a realização de lances;    
  4. Após o arremate, criminosos contactam a vítima por aplicativo de mensagem, parabenizando-a pela compra e repassando as orientações de pagamento do veículo;    
  5. Na sequência, enviam o Termo de Arrematação, o Recibo de Compra e Venda e solicitam o pagamento via PIX;    
  6. No caso de a vítima não realizar o pagamento de forma célere, ameaçam a vítima responsabilização criminal e prisão pela ausência de pagamento de um veículo arrematado em leilão oficial.
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A escolha do nome “Last Bid” reflete, de forma simbólica, ao próprio golpe aplicado pelos criminosos, já que, com o “último lance” realizado pela vítima, a compra do veículo era efetivada e o golpe se concretizava. 

A investigação contou com o apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo para cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas cidades em que os alvos foram localizados, bem como para sediar as bases de apoio. 

GAECO e CyberGAECO 

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas. 

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